Feira da Cereja da Vila do Ferro 09, Garraiada.

Realizou-se, no passado fim-de-semana, a Feira Agrícola/Feira da Cereja que contou, novamente, com a presença de inúmeros produtores, empresas, artesãos e instituições, num total de 70, e envolveu na sua organização mais de 30 pessoas.
A Feira recebeu inúmeros visitantes tendo-se registado a vinda de grupos de excursionistas de vários pontos do país para provar e adquirir a boa cereja, rainha indiscutível da Feira (este ano novamente de grande qualidade), bem como os produtos caseiros regionais, que são sempre do agrado de todos os visitantes.
A animação ficou a cabo dos ranchos da freguesia, grupos de bombos e dança, e de organistas, de modo a que a alegria imperasse num certame marcado por um clima que mais parecia de Outono do que de início de Verão.
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Nesta Feira da Cereja, como nos Anos anteriores, realizou-se a já tradicional Garraiada da Vila do Ferro. È sempre um espectáculo para quem assiste, e para quem participa.
No video a seguir podem ver todas as fotos da Garraiada;

Comentários

danitri.® disse…
Um grande abraço, e as boas melhoras para o Pires que teve uma pequena infelicidade nesta garraiada.

Tamos contigo pires….. abraço.
Dotejo disse…
Espero que a pessoa que se feriu, de nome Pires, se encontre melhor, já restabelecida.

As cerejas foram-se, eram melhores que as da vizinhança, não tão boas como as de 2008. Permitam-me que teça alguns comentários sobre a garraiada e conte uma história verídica.

A garraiada, sendo uma corrida de garraios, de touros novos que nunca foram corridos, lidados por não profissionais, assume diversos significados. Há regiões onde se chama garraiada à largada de vacas e de touros já corridos. Em certas regiões, chama-se vacada à largada composta apenas por vacas. A vaca não é toureada (lidada por profissionais), sendo mais fraca que o touro, pode ser mais perigosa, marra de olhos abertos e, quando pisa, as duas unhas fecham-se tipo alicate.

Recordo um engravatado do Ribatejo que resolveu comprar um touro, chamou-lhe "Carocho". Para não estragar os produtos agrícolas do seu terreno, mais quintal que quinta, e poder circular à vontade, aprisionou-o num pequeno cercado. O "Carocho" lá foi vivendo, lá comia, lá fazia as necessidades, lá dormia, lá dava umas corridinhas e lá foi aprendendo a abrandar junto da tábuas para se não magoar. O engravatado ia deitando palha no cercado para, mais tarde, estrumar a terra. Num dia de festa, convidou outros engravatados para um almoço. Depois do repasto, levou-os até ao cercado. O "Carocho", lá longe, do lado contrário, foi admirado por todos. O engravatado transbordando de alegria, berrou:
- Carocho!... É toiro lindo!
O carocho olhou, espumou, não se sabe se de raiva, e arrancou em direcção aos basbaques. Perto da cerca, travou, derrapou e a porcaria esguichou, borrou a importância feita gente.
Dizem que a vingança se serve fria, serviu-se bem quente, grelhada, e acompanhada do chamado vinho de assento, o tal que, depois de dois ou três bons copázios, atendendo à graduação, faz com que a cadeira fique quase colada ao traseiro.

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