Realizou-se, no passado fim-de-semana, a Feira Agrícola/Feira da Cereja que contou, novamente, com a presença de inúmeros produtores, empresas, artesãos e instituições, num total de 70, e envolveu na sua organização mais de 30 pessoas.
A Feira recebeu inúmeros visitantes tendo-se registado a vinda de grupos de excursionistas de vários pontos do país para provar e adquirir a boa cereja, rainha indiscutível da Feira (este ano novamente de grande qualidade), bem como os produtos caseiros regionais, que são sempre do agrado de todos os visitantes.
A animação ficou a cabo dos ranchos da freguesia, grupos de bombos e dança, e de organistas, de modo a que a alegria imperasse num certame marcado por um clima que mais parecia de Outono do que de início de Verão.
Nesta Feira da Cereja, como nos Anos anteriores, realizou-se a já tradicional Garraiada da Vila do Ferro. È sempre um espectáculo para quem assiste, e para quem participa.
No video a seguir podem ver todas as fotos da Garraiada;
Espero que a pessoa que se feriu, de nome Pires, se encontre melhor, já restabelecida.
As cerejas foram-se, eram melhores que as da vizinhança, não tão boas como as de 2008. Permitam-me que teça alguns comentários sobre a garraiada e conte uma história verídica.
A garraiada, sendo uma corrida de garraios, de touros novos que nunca foram corridos, lidados por não profissionais, assume diversos significados. Há regiões onde se chama garraiada à largada de vacas e de touros já corridos. Em certas regiões, chama-se vacada à largada composta apenas por vacas. A vaca não é toureada (lidada por profissionais), sendo mais fraca que o touro, pode ser mais perigosa, marra de olhos abertos e, quando pisa, as duas unhas fecham-se tipo alicate.
Recordo um engravatado do Ribatejo que resolveu comprar um touro, chamou-lhe "Carocho". Para não estragar os produtos agrícolas do seu terreno, mais quintal que quinta, e poder circular à vontade, aprisionou-o num pequeno cercado. O "Carocho" lá foi vivendo, lá comia, lá fazia as necessidades, lá dormia, lá dava umas corridinhas e lá foi aprendendo a abrandar junto da tábuas para se não magoar. O engravatado ia deitando palha no cercado para, mais tarde, estrumar a terra. Num dia de festa, convidou outros engravatados para um almoço. Depois do repasto, levou-os até ao cercado. O "Carocho", lá longe, do lado contrário, foi admirado por todos. O engravatado transbordando de alegria, berrou: - Carocho!... É toiro lindo! O carocho olhou, espumou, não se sabe se de raiva, e arrancou em direcção aos basbaques. Perto da cerca, travou, derrapou e a porcaria esguichou, borrou a importância feita gente. Dizem que a vingança se serve fria, serviu-se bem quente, grelhada, e acompanhada do chamado vinho de assento, o tal que, depois de dois ou três bons copázios, atendendo à graduação, faz com que a cadeira fique quase colada ao traseiro.
A noite do dia 10 de Janeiro foi uma noite muito trágica que vai ficar na recordação de muita gente. Foi uma noite muito trágica e muito triste para todos os que conheciam o grande Bruno, para a Família principalmente, para os Amigos, para os Ferrenses, foi uma noite muito triste para quem compartilhava a vida próxima do Bruno, e para a Vila do Ferro. Era um grande Homem, pessoa espetacular, rapaz cinco estrelinhas, que nessa noite partiu, deixou-nos e foi olhar por nós lá em cima como uma estrela brilhante, que já ele era cá em baixo, mas que agora quando olhamos para as estrelas e quando vimos uma a brilhar intensamente, é o Bruno, está lá em cima a olhar por nós. Quem conhecia o Bruno sabe que é difícil encontrar palavras para o descrever, era amigo, companheiro, bem disposto, simpático, trabalhador, divertido, levava a vida sempre numa boa, gostava de andar de moto, tinha prazer pela vida e de a viver, gostava de estar ao pé dos amigos, divertir-se e fazer divertir o
Após as primeiras chuvas Outonais, vêm também os belos e comestíveis cogumelos, e aqui na nossa Serra do Ferro já se encontram, e bastantes. Os cogumelos são a frutificação de certos tipos de fungos, podem encontrar mais informação sobre os cogumelos AQUI , e AQUI . Cogumelos a abrir. Mas a apanha dos cogumelos não é para todos, é preciso saber, conhecer, porque existem muitos cogumelos venenosos, e certas pessoas são extremamente alérgicas a uns determinados cogumelos. Cogumelos fechados Quem sabe apanhar cogumelos, e tantos que eu já apanhei, pode-se fazer muitos pratos, e bons, que passo aqui a deixar algumas receitas . Cogumelos assados Depois de lavados, deixar secar um pouco, cobertos com rosmaninho, sobre uma superfície bem quente (grelha, chapa, etc..) em cima do fogo, colocar os Cogumelos. Adicionar sal e um pouco de piri-piri, para os amantes do género. E pronto, estão prontos para comer. Cogumelos com ovos mexidos Refoguem em azeite o alho, cebola, e podem por um pouco de c
O "conduto" principal consumido no ferro é, sem dúvida, a carne de porco e o respectivo enchido nas seguintes variadades: - morcelas, bucho de porco, chouriças de bofe, mouros, farinheiras normais, farinheiras de assar, ou mioleiras, farinheiras em cru. Outros pratos tradicionais: - sarapatel, bacalhau ensopado, ensopado de carne, galinha corada e as célebres tibórnias dos lagares. Como doces, fazem-se pelo Natal as famosas filhós e, sobretudo pela Páscoa, biscoitos, esquecidos, cavacas de milho e de trigo, talassas, bolo de soda ou de leite, pão de ló (ou ainda pão leve), e bolo de azeite. As sobremesas mais tradicionais são as deliciosas papas de carolo de milho que se confeccionam na quadra do Natal, o leite creme, o arroz-doce, o pudim de ovos (clássico), a tigelada, o creme de botelha, o caldudo, as sopas (ou fatias) douradas, as sopas de cavalo cansado e o arrobe (doce de sumo de uva). Como bebida, além da aguardente e vinhos caseiros, toda a gente fazia a regionalíssim
Comentários
Tamos contigo pires….. abraço.
As cerejas foram-se, eram melhores que as da vizinhança, não tão boas como as de 2008. Permitam-me que teça alguns comentários sobre a garraiada e conte uma história verídica.
A garraiada, sendo uma corrida de garraios, de touros novos que nunca foram corridos, lidados por não profissionais, assume diversos significados. Há regiões onde se chama garraiada à largada de vacas e de touros já corridos. Em certas regiões, chama-se vacada à largada composta apenas por vacas. A vaca não é toureada (lidada por profissionais), sendo mais fraca que o touro, pode ser mais perigosa, marra de olhos abertos e, quando pisa, as duas unhas fecham-se tipo alicate.
Recordo um engravatado do Ribatejo que resolveu comprar um touro, chamou-lhe "Carocho". Para não estragar os produtos agrícolas do seu terreno, mais quintal que quinta, e poder circular à vontade, aprisionou-o num pequeno cercado. O "Carocho" lá foi vivendo, lá comia, lá fazia as necessidades, lá dormia, lá dava umas corridinhas e lá foi aprendendo a abrandar junto da tábuas para se não magoar. O engravatado ia deitando palha no cercado para, mais tarde, estrumar a terra. Num dia de festa, convidou outros engravatados para um almoço. Depois do repasto, levou-os até ao cercado. O "Carocho", lá longe, do lado contrário, foi admirado por todos. O engravatado transbordando de alegria, berrou:
- Carocho!... É toiro lindo!
O carocho olhou, espumou, não se sabe se de raiva, e arrancou em direcção aos basbaques. Perto da cerca, travou, derrapou e a porcaria esguichou, borrou a importância feita gente.
Dizem que a vingança se serve fria, serviu-se bem quente, grelhada, e acompanhada do chamado vinho de assento, o tal que, depois de dois ou três bons copázios, atendendo à graduação, faz com que a cadeira fique quase colada ao traseiro.