Noticias da Estrada Municipal entre Ferro e Peraboa.

Por: Jornal “O Interior”

Comentários

Dotejo disse…
1.

O Post intitulado "Obras da Estrada Ponte Pedrinha, Ferro, Peraboa, e do Regadio da Cova da Beira", lançado em 12 de Setembro de 2010, não mereceu dos leitores qualquer comentário. Naquele Post, lê-se que "As Obras vão avançando, e desde a Ponte Pedrinha até ao cruzamento do Monte Serrano já esta com a largura com que vai ficar.". No entanto, as fotos apresentadas não dão cobertura a esse troço, limitam-se a mostrar a recta inicial. Sobre as curvas que se seguem até depois do dito cruzamento, talvez as mais perigosas que a estrada possui, as fotos ficaram a branco. Alguém me informou que a própria GNR ao constatar a existência dessas curvas se admirou e se interrogou sobre a razão de tamanha aberração. Nada se sabe sobre o traçado que consta do projecto, mas, pela amostra, isto é, pelo que já foi executado, e pelo que este Post revela, prevê-se que nada de bom por aí venha.

Este Post, onde a escrita não é necessária, é o melhor Post que a Blogosfera publicou sobre a estrada do Ferro.
Na qualidade de leitor, agradeço à Anabela Tomás a iniciativa que tomou em contactar o Jornal “O Interior” e com palavras simples e claras descrever a grave situação que viveu, alertar a população para os perigos que a estrada possui e mostrar a ligeireza com que a Câmara da Covilhã tem vindo a tratar desta situação.

A Câmara da Covilhã é uma instituição irresponsável, perdeu a vergonha, considera que a estrada do Ferro reúne todas as condições de segurança.


(Continua)
Dotejo disse…
2.

O leitor que vive distante ficou a saber, pela voz do comentador que:
A principal via de ligação entre a Covilhã e a freguesia do Ferro está a causar grandes dores de cabeça aos habitantes locais e muitos danos nos seus carros;
O projecto de requalificação do traçado, orçado em cerca de 3,5 milhões de euros, se iniciou em 2005 tendo passado para o terreno em meados de 2009;
Se definiram duas fases de actuação – A primeira, de alargamento e limpeza de bermas e taludes; A segunda, com a realização da obra propriamente dita, nomeadamente com o alcatroamento do troço;
Até ao momento, ainda só começou a primeira fase desde a Ponte Pedrinha até Peraboa daquela que foi uma promessa eleitoral do anterior mandato;
No ano passado, a Câmara adjudicou uma parte da obra, a outra parte terá sido feita por administração directa tendo sido espalhada gravilha pela estrada para encobrir os buracos;
Além deste problema, também o grande desnivelamento entre a estrada e a berma se revelam um obstáculo à circulação.

O leitor que vive distante ficou a saber, pela voz do Presidente da Junta que a estrada do Ferro:
Provoca talvez dois acidentes por semana – (Os acidentes são regulares);
Tem uma plataforma rodoviária muito estreita, 4,5 metros;
Não tem já as condições adequadas para a circulação de trânsito;
Sempre que passa um camião, coloca em risco os restantes condutores que com ele se cruzam.

O leitor que vive distante também ficou a saber que o Presidente da Junta pediu um pavimento de asfalto mínimo que permitisse circular com segurança e pensa que a alternativa encontrada (talvez a utilização da gravilha nos buracos) não é a mais adequada, mas, atendendo, segundo pensa, ao começo eminente da obra, até compreende que seja complicado gastarem-se mais uns milhares de euros.


Em presença destas afirmações que se encontram no Post, em linguagem oral e atendendo ao que se ouve no começo, o comentário não poderia ficar por aqui…


(Continua)
Dotejo disse…
3.

É natural que, em presença do que atrás ficou registado, uma condutora tivesse sofrido um acidente em 24 de Setembro: Para se desviar de um pesado, viu-se obrigada a entrar na berma tendo sofrido um acidente do qual resultaram danos na sua viatura cuja reparação custou 3 600 euros.

Não é natural que a vítima, ao tentar ressarcir-se do prejuízo alegando falta de condições e falhas de sinalização, obtivesse um NÂO da Câmara Municipal que se recusou a accionar o seguro de responsabilidade civil por considerar que estavam reunidas todas as condições de segurança.

Tendo ou não seguro contra todos os riscos, isto é, com cobertura de danos próprios, a vítima, Anabela Tomás, resignou-se – Outros não o fariam, mas a Justiça em Portugal é morosa e, muitas vezes, injusta não estando ao serviço do Povo…

A vítima, Anabela Tomás, atingiu os seus objectivos: Alertou os restantes automobilistas para o perigo do troço, isto é, da estrada do Ferro: A estrada não é para veículos automóveis, não é para velocípedes, é uma estrada para veículos de tracção animal.

Abençoada entrevista do Senhor Presidente da Câmara da Covilhã que, esquecendo-se de que a Câmara respeita ao Concelho e não apenas à cidade, provocou o despoletar da revolta de uma mulher simples, digna e com uma lucidez de espírito que fará inveja ao Senhor Carlos Pinto.

Senhor Carlos Pinto, responsável mor, ouviu o que a Senhora disse?
Lembre-se das centenas de crianças que diariamente passam pela estrada.

Queira Deus que não haja acidentes em que a morte acorde quem dorme na irresponsabilidade.


(Continua)
Dotejo disse…
4.

A Câmara da Covilhã sofre de um mal que, lentamente, se foi entranhando e, pelo que se tem observado, até já apanhou o seu Presidente, o Senhor Carlos Pinto – A Arrogância, uma doença que ataca a mente das pessoas.
A Arrogância assentando arraiais opta pela ignorância, é cega ao que lhe mostram e surda ao que lhe dizem, chama Verdade à sua verdade, entra no monólogo, não dialoga – O Poder é um dos terrenos propícios ao seu florescimento.
A Verdade detesta que a questionem – Relativamente ao acidente de que a Anabela Tomás foi vítima, o Jornal “O Interior tentou sem sucesso entrar em contacto com os responsáveis da Câmara da Covilhã para esclarecerem a recusa em accionar o seguro de responsabilidade civil, mas a Verdade já tinha sido proclamada: A Câmara considerou que estavam reunidas todas as condições de segurança.

O pior inimigo da arrogância, para além do desprezo, leia-se silêncio que a envolve, é ser ridicularizada. O receio de cair no ridículo é já meio caminho andado para se precipitar no próprio ridículo.

O leitor leu aquilo que ouviu no Post, embora numa sequência diferente e com uma pitada de reflexão aqui e ali que não desvirtua o Post.
Agora, observe o espectáculo ridículo que a Câmara ofereceu. Repare na sua triste exibição…



(Continua)
Dotejo disse…
5.

O Presidente da Junta sabe que a estrada do Ferro tem uma plataforma com uma largura de 4,5 metros, que tem buracos escondidos com gravilha, que a circulação de uma viatura pesada coloca em risco os restantes condutores que com ela se cruzam, que, em média, provoca dois acidentes por semana, que não tem condições adequadas para a circulação do trânsito.

Os responsáveis da Câmara sabem que a Estrada do Ferro reúne todas as condições de segurança, inclusive a sinalização necessária e suficiente, para a circulação de veículos…

O leitor, leigo em assuntos de estradas, sabe que uma estrada com 4,5 metros de largura e sem bermas pavimentadas ou por pavimentar na maioria do troço é uma via sem capacidade para ter dois sentidos.
O leitor, leigo em assuntos de estradas, sabe que uma estrada com gravilha lançada para esconder buracos sob as ordens da Câmara é um perigo para quem nela circula – A vida de um ser humano não tem preço e não se compreende que a gravilha substituísse o asfalto com a justificação dos custos, uns milhares de euros, por um período supostamente curto.
O leitor sabe que a estrada não reúne as condições para dois veículos pesados, ambos com uma largura de 2,6 metros, se cruzarem – Capotavam os dois e a culpa seria dos condutores.

Os responsáveis da Câmara sabem que a Estrada do Ferro reúne todas as condições de segurança, inclusive a sinalização necessária e suficiente, para a circulação de veículos...

O leitor sabe que, para minorar os perigos, uma estrada nas condições referidas deveria possuir o entroncamento dos caminhos alargado e outros espaços onde uma das viaturas parasse para o cruzamento com outra se poder efectuar em segurança, uma sinalização horizontal e vertical alertando para todos os perigos que ao longo do troço vão surgindo e a limitação da velocidade talvez para um máximo de 40 ou 50 km/hora consoante a zona.
O leitor que vive distante desconhece que, à semelhança do que aconteceu há uns anos com a colocação de uma placa referindo a freguesia de Peraboa lá para as bandas do Poço Frio, o diploma legal que regulamenta as estradas foi violado no local onde a Anabela Tomás sofreu o acidente, apareceu um sinal de alerta para os condutores – Desta vez e à semelhança do que aconteceu lá para as bandas do Poço Frio, a Câmara também não procurou o infractor e nem retirou o sinalzinho.

Os responsáveis da Câmara sabem que a Estrada do Ferro reúne todas as condições de segurança, inclusive a sinalização necessária e suficiente, para a circulação de veículos.

O ridículo chegou a tamanho nível que o cidadão sente vergonha pela vergonha que a Câmara não tem…


(Continua)
Dotejo disse…
6.

O comentário actual já vai longo. Este pedaço, a sexta parte, será o último.
Mais tarde, no Post "Orçamento 2011 Concelho da Covilhã, 89 Milhões de Euros", publicado no dia 17 de Novembro de 2010, Quarta-feira, o leitor poderá ver um novo comentário sobre a Estrada do Ferro.
Assim, vamos encerrar o comentário com palavras que talvez revelem muito…


O leitor reparou na esperteza da Câmara que se escondeu na afirmação:
“A Estrada do Ferro reúne todas as condições de segurança, inclusive a sinalização necessária e suficiente, para a circulação de veículos.”.

A Câmara, tal como o gato, deixou o rabo de fora.
Leitor, experimente puxar pelo rabo do gato, perdão, da Câmara.
Fite-a de frente, olhos nos olhos – Que vê o leitor?
Talvez uma postura que lhe recorda a exibição de um Trio que apareceu no Jornal do Fundão e que mereceu a atenção deste Blogue…

A Câmara, em exibição, é uma Junta de freguesia de Peraboa em ponto grande!

Em presença da afirmação da Câmara, “A Estrada do Ferro reúne todas as condições de segurança, inclusive a sinalização necessária e suficiente, para a circulação de veículos.”, o leitor talvez se interrogue – Porquê o arranjo de uma estrada em tão belas condições?! – e conclua:
Talvez a própria Câmara não entenda os motivos que a levaram a proceder à respectiva requalificação...

Talvez por isso, a Câmara tarde em dar à luz…
Talvez por isso, o leitor, leigo em assuntos de estradas, tenha dúvidas sobre o que aí vem…

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